22 de janeiro de 2004

LER É MAÇADA, ESCREVER É NADA...
Hoje lembrei-me da conversa mantida em baixo sobre a necessidade de separar o ensino da Língua do da Literatura. Na Nobre tentativa de evitar o aviltamento das duas...
Um responsável (ainda jovem) de um jornal expressou-me com vigor o horror que sentia perante a visão de duas (2) páginas de ficção impressas numa revista. "Ninguém quer ler 7000 caracteres de ficção". Eu concordei, resignado, já que por "ninguém" ele queria dizer "a maioria dos portugueses".
Escusava era de ter comentado com algum respeitinho que "X, desde que apareceu num programa ao lado do Saramago, passou a ser considerado como um peso literário". Afirmou isto, não porque achasse a escrita do referido autor interessante, ou sequer pelo facto de o ter lido. Não: "Apareceu (verbo mágico, em 2004) ao lado de... então...".
Começo a dar razão ao desconsolo furioso do Mário de Carvalho...
Tirem-me deste filme.

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